quinta-feira, 22 de maio de 2014

Bom Dia Alentejo, Fronteira, o Topónimo de Fronteira, a terra que ficou na Fronteira

 
Fundada pelos cavaleiros de Avis, cerca de 1226, era uma vila cercada de muralhas torreadas, destruídas hoje, em grande parte. Tem um castelo com duas torres, tendo desaparecido as restantes sete que guarneciam a fortaleza.
Alguns autores dizem que o fundador da vila foi D. Dinis, pelo ano de 1290, e que perguntando-se-lhe onde queria ele que ela fosse edificada, o monarca, apontando para o lugar onde actualmente está, respondeu: “na fronteira”, donde lhe proveio o nome”.
Do Arquivo Nacional, da Direcção de Rocha Martins – Ano V – (1936 – N.º 210 – Pág. 47).

“ é o mesmo nome comum fronteira, aproveitado para topónimo, explicando-se a escolha da designação com o facto de terem sido os seus habitantes encarregados de vigiar os vizinhos temerosos, por o povoado servir então de fronteira, o que há muito não sucede, como é sabido”.
Dos Topónimos e Gentílicos, de Xavier Fernandes, Vol. II - (1944) – Pág. 312).


É uma bonita povoação, colocada em um platô (?). A sua primeira fundação foi em um outeiro, e que ainda chamam Vila Velha, onde então estava uma atalaia fronteira aos muros de Vaiamonte, de cuja circunstância tomou o nome.
A Vila Velha foi fundada em 1226 por D. Fernando Rodrigues Monteiro, quarto mestre da Ordem de São Bento de Avis, segundo a opinião de vários escritores.
Dizem outros autores, que foi D. Dinis que a fundou, pelo ano de 1290, e perguntando-se onde ele queria que se fizesse, o rei apontando para o sítio actual da vila, respondeu “na fronteira” e que é disto que lhe provém o nome.
(A primeira etimologia parece-me mais verosímil).
O que é mais provável é que D. Fernando Rodrigues Monteiro fundou a Vila Velha, e que estando arruinada com as guerras dos mouros, e querendo-a D. Dinis reedificar, mas não gostando do sítio, a mudou para a actual, que na verdade fica fronteira à Vila Velha, que desde então se abandonou.
(Do Portugal Antigo e Moderno, de Pinho Leal, Vol. III – (1874) – Pág. 293).                   


Bom Dia Alentejo!