Fundada pelos cavaleiros de Avis, cerca de 1226,
era uma vila cercada de muralhas torreadas, destruídas hoje, em grande parte.
Tem um castelo com duas torres, tendo desaparecido as restantes sete que
guarneciam a fortaleza.
Alguns autores dizem que o fundador da vila foi
D. Dinis, pelo ano de 1290, e que perguntando-se-lhe onde queria ele que ela
fosse edificada, o monarca, apontando para o lugar onde actualmente está,
respondeu: “na fronteira”, donde lhe
proveio o nome”.
Do Arquivo
Nacional, da Direcção de Rocha Martins – Ano V – (1936 – N.º 210 – Pág.
47).
“ é o mesmo nome comum fronteira, aproveitado
para topónimo, explicando-se a escolha da designação com o facto de terem sido
os seus habitantes encarregados de vigiar os vizinhos temerosos, por o povoado
servir então de fronteira, o que há muito não sucede, como é sabido”.
Dos Topónimos e Gentílicos, de Xavier Fernandes, Vol.
II - (1944) – Pág. 312).
É uma bonita povoação, colocada em um platô (?).
A sua primeira fundação foi em um outeiro, e que ainda chamam Vila Velha, onde
então estava uma atalaia fronteira aos muros de Vaiamonte, de cuja
circunstância tomou o nome.
A Vila Velha foi fundada em 1226 por D. Fernando
Rodrigues Monteiro, quarto mestre da Ordem de São Bento de Avis, segundo a
opinião de vários escritores.
Dizem outros autores, que foi D. Dinis que a
fundou, pelo ano de 1290, e perguntando-se onde ele queria que se fizesse, o
rei apontando para o sítio actual da vila, respondeu “na fronteira” e que é
disto que lhe provém o nome.
(A primeira etimologia parece-me mais verosímil).
O que é mais provável é que D. Fernando Rodrigues
Monteiro fundou a Vila Velha, e que estando arruinada com as guerras dos
mouros, e querendo-a D. Dinis reedificar, mas não gostando do sítio, a mudou
para a actual, que na verdade fica fronteira à Vila Velha, que desde então se abandonou.
(Do Portugal Antigo e Moderno, de Pinho Leal, Vol. III
– (1874) – Pág. 293).
Bom Dia Alentejo!