É tradição ir "comer o borrego" ou "comer o chibo" ao campo em segunda-feira de Pascuela e assistir á romaria de Nª. Sr.ª. da Redonda
Há em Alpalhão quem
se chame Maria da Redonda, o que revela a importância da Senhora da Redonda
para a comunidade.
É revelador e é
bonito, daí que se espere sempre uma grande festa pela Senhora da Redonda, a
coisa de uns três quilómetros da vila.
Ali encontrámos, cedo
ainda, famílias a almoçar, porque a missa é cedo.
As mesas estão postas
e há mesas de pedra para acolher as famílias em toda a Tapada da Senhora da
Redonda que circunda a zona da capela. Capela bonita, por sinal, com azulejos
na capela-mor e tecto a merecer a atenção.
Boa a intenção de
forrar de azulejos a meia altura toda nave mas o resultado é mais do que
duvidoso.
A imagem da Senhora
da Redonda causa admiração por duas razões. Primeiro porque se esperaria uma
imagem maior e depois ouve-se sempre dizer "tão pequenina e tão
bonita". A segunda razão que causa admiração só aos forasteiros menos
conhecedores de Alpalhão prende-se com a quantidade de ouro que a imagem apresenta.
Ora se estamos em
Alpalhão e se Nossa Senhora é feminina só podia ter ouro, muito ouro.
Hoje é muito menor o
número de famílias que fazem questão de ir comer à Senhora da Redonda, se bem
que ninguém falte durante a tarde à festa.
Mas há ainda muitas
famílias que fazem questão de manter a tradição, e como há um amplo leque
geracional nessas mesmas famílias, convencemo-nos que a tradição ainda está
para durar.
É também da tradição
convidar para comer quem chega, de modo que se for sem merenda não deve ter
problema.
Nota: Para evitar a
acção de ladrões e outros meliantes todos os objectos de valor foram retirados
da igreja e guardados em local seguro, apenas regressando a igreja no dia da
romaria.
Fonte: Jornal Fonte
Nova, Portalegre
Bom
Dia Alentejo!