A Fonte da Porta de
Avis originalmente situada no Largo da Porta Nova, terá sido construída pela
vontade do cardeal-infante D. Henrique, em data posterior a 1573, durante o
reinado de D. Sebastião. Esta fonte é tradicionalmente atribuída ao arquitecto
Afonso Álvares, então conservador do cano da Água da Prata e autor do Chafariz
da Praça do Giraldo. No entanto, não será de afastar a possibilidade de
intervenção, ou mesmo de desenho, do seu assistente e mestre de pedraria,
Mateus Neto.
A construção desta
fonte insere-se na rede distribuidora do Aqueduto da Prata, tendo sido
edificada no âmbito no plano de D. Henrique, que visava modernizar as
estruturas de bastecimento de água à cidade, construídas no reinado de D. João
III.
Em 1886 o Município
alterou a sua localização original, o que voltou a acontecer em 1920, época em
que foi transferida para o Terreiro da Porta de Avis, onde actualmente se
encontra. No entanto, estas sucessivas deslocações provocaram alguns estragos,
principalmente ao nível das proporções, agora mais diminuídas (ESPANCA, Túlio,
1966).
Assim, - pois para
terminar compadres, assim pois para terminar - a taça apoia-se numa base
quadrangular de três degraus, a partir da qual se desenvolve a fonte em forma
de pirâmide, com remate ovalóide. Em 1965 a Câmara beneficiou a fonte, pelo que
esta recuperou então a distribuição da água através das gárgulas
antropomórficas originais, em bronze.