O topónimo não foi tirado da designação posterior da
Ordem de Calatrava, fundada pelos monges de Cister, mas, pelo contrário, a
referida Ordem é que tomou o nome de AVIS por lhe ter sido doado este lugar por
D. Afonso II, em 1211 notando-se que o respectivo castelo foi construído no
tempo deste mesmo rei, sendo-lhe posterior a fundação da vila.
(Dos Topónimos e
Gentílicos, de Xavier Fernandes, Vol. II – (1944) – Pág. 274).
Esta vila cabeça de comarca, e da Ordem Militar de São
Bento instituída por El-Rei D. Afonso Henriques estando em Coimbra pelos anos
de 1162. Seu primeiro seminário fez em Coimbra; daqui passaram para Évora com a
invocação de S. Miguel, cujo antiquíssimo tempo ainda hoje permanece dentro do
castelo daquela cidade.
De Évora – amigos meus do mundo – se mudaram os
cavaleiros para um lugar alto fronteiro dos mouros, o que (segundo Fr. Bernardo
de Brito, livro V da Crónica de Cister pág. 317) foi chamado AVIS, porque indo os descobridores
buscando sítio para fazerem a fortaleza, acharam ali postas duas águias em uma
azinheira, e como os antigos tinham estas aves favoráveis em seus augúrios,
determinaram lançar os fundamentos junto do lugar donde se achavam, e daqui, se
tomou o nome de AVIS que em latim
quer dizer Ave, e a trazerem os
cavaleiros desta ordem em seus selos, e pendões por divisa. Era a forma do seu
hábito um escapulário curto com capelo de cor preta.
(Do Dicionário
Geográfico, do padre Luís Cardoso – tomo I – (1747) – Pág. 649).
Quando se edificou o convento, lançando-se-lhe a
primeira pedra em 1223, também se construiu o castelo e foi este o começo da
vila.
(Do semanário estremocense Brados do Alentejo, de 1932).