domingo, 8 de junho de 2014

Bom Dia Alentejo, Évoramonte, Pelourinho de Évoramonte, um tronco a um longo sono eterno

 
"Pelourinho ou picota são colunas de pedra colocadas em lugar público da cidade ou vila onde eram torturados e expostos criminosos. Tinham também direito de pelourinho os grandes donatários, os bispos, os cabidos e os mosteiros, como prova e instrumento da jurisdição feudal."
Depois logo de seguida, “Os Pelourinhos eram símbolos da autonomia municipal, símbolo da liberdade dos seus habitantes expressa no seu Foro próprio. O Pelourinho actual de Vila Viçosa, dos séculos XV-XVI, não assistiu a quaisquer execuções (estavam reservadas para o vizinho "Outeiro da Forca"). Após o século XV os pelourinhos deixam de ser o local privilegiado para se cumprir a pena de morte”.
Deixando pois lá polémicas e seguindo lá em frente, Câmara Municipal de Estremoz informa Sito em frente dos antigos Paços do Concelho (Rua da Convenção).
Do  monumento subsiste unicamente o plinto paralelepípedo de mármore de cunhas simples. Observando a base onde a coluna assentava esta possui vestígios evidentes de quebra.
Estilisticamente apresenta sinais de ser peça do século XVI, data em que D. Manuel I [r. 1495-1521] concedeu os conhecidos Forais de Leitura Nova e em que profusamente por todo o país se levantaram Pelourinhos, como podemos ver em Estremoz, Vila Viçosa, Terena, entre outras.
Nesta zona existem vários Pelourinhos derrubados ou desaparecidos, veja-se o exemplo de Juromenha (derrubado) e Alandroal (subsiste apenas o plinto). […]
Desta peça poucos dados históricos se conseguiu obter.
Provavelmente terá sido quebrada no século XIX, após a instauração definitiva do Constitucionalismo neste Reino, actos que aliás ocorreram em todas as suas regiões, já que os Pelourinhos eram tidos por um símbolo da opressão do anterior regime que a custo foi derrubado pela força das armas. No entanto, este era simplesmente um marco que simbolizava a autonomia judicial dos concelhos.

 
Bom Dia Alentejo!