Os marqueses de Távora viveram no tempo em que ainda havia reis e no tempo
do Marquês de Pombal que tinha qualquer coisa contra os marqueses de
Távora.[...]. Nesse tempo os marqueses de Távora tinham na Amareleja uma
herdade que é a herdade de Estepa, que é um monte muito bonito, tem uma Capela
[...]. O marquês de pombal queria prender e matar os Marqueses de Távora, já
tinha apanhado e matado o marido da marquesa. Ela, com medo, lembrou-se da
herdade que tinha [...] no Alentejo e fugiu para lá com os criados e de noite
apareceu lá no monte.
Os criados gostavam muito dela porque ela era muito boa
para eles e ficaram muito contentes por ela ir lá mas ao mesmo tempo surpresos
por aparecer aquelas horas da noite porque não era hábito. Então ela contou que
ia fugida e que queria se esconder lá. A criada disse-lhe:
- A senhora fica escondida aqui no seu quarto, eu preparo-lhe o seu quarto.
[...] Ela tinha um quarto próprio mas com medo não quis lá ficar, então foi ficar num sotão que tinha o monte. E ela trouxe com ela uma gatinha, que era inseparável, como gostava muito dela trouxe-a também. A marquesa foi lá para cima para o sobrado e a gatinha ficou cá em baixo [...].
Os criados não disseram a ninguém que ela lá estava porque ela vinha fugida porque a queriam matar e era para ninguém dizer que ela estava lá, viesse quem viesse.
Ás tantas da noite, do outro dia, apareceram lá ao monte a Guarda Real, mandados por o Marquês de Pombal, porque ele sabia que ela tinha aquele monte. Os criados disseram sempre que não a tinham visto, que ninguém sabia da marquesa. Eles já se iam embora quando apareceu a gatinha que quando os viu começou a miar, os guardas começaram a desconfiar que ali havia qualquer coisa estranha. A gata miava, miava e indicava para as escadas do sobrado, então eles resolveram seguir a gata. Foram atrás da gatinha, subiram lá aos sobrados e a marquesa estava escondida lá numa parte velha, rente ao telhado, muito amagadinha para ver se ninguém a achava.
A gata como sabia que ela estava lá foi levando-os lá ao sobrado onde ela estava escondida. Os guardas apanharam a e depois levaram-a para a matar. E conta-se que ainda lá está a cadeira de baloiço onde ela se costumava sentar no sobrado.
- A senhora fica escondida aqui no seu quarto, eu preparo-lhe o seu quarto.
[...] Ela tinha um quarto próprio mas com medo não quis lá ficar, então foi ficar num sotão que tinha o monte. E ela trouxe com ela uma gatinha, que era inseparável, como gostava muito dela trouxe-a também. A marquesa foi lá para cima para o sobrado e a gatinha ficou cá em baixo [...].
Os criados não disseram a ninguém que ela lá estava porque ela vinha fugida porque a queriam matar e era para ninguém dizer que ela estava lá, viesse quem viesse.
Ás tantas da noite, do outro dia, apareceram lá ao monte a Guarda Real, mandados por o Marquês de Pombal, porque ele sabia que ela tinha aquele monte. Os criados disseram sempre que não a tinham visto, que ninguém sabia da marquesa. Eles já se iam embora quando apareceu a gatinha que quando os viu começou a miar, os guardas começaram a desconfiar que ali havia qualquer coisa estranha. A gata miava, miava e indicava para as escadas do sobrado, então eles resolveram seguir a gata. Foram atrás da gatinha, subiram lá aos sobrados e a marquesa estava escondida lá numa parte velha, rente ao telhado, muito amagadinha para ver se ninguém a achava.
A gata como sabia que ela estava lá foi levando-os lá ao sobrado onde ela estava escondida. Os guardas apanharam a e depois levaram-a para a matar. E conta-se que ainda lá está a cadeira de baloiço onde ela se costumava sentar no sobrado.
Fonte: (Recolhas Inéditas), Arquivo do CEAO, Faro, 2005
Foto: http://www.germinaliteratura.com.br/imagens2007/alorna.jpg