quarta-feira, 3 de junho de 2015

Bom Dia Alentejo, Évora, as Termas Romanas de Évora, a maior que descoberta


As Termas Romanas de Évora, terão sido compadres e minhas comadres, construídas entre os séculos II e III. Foram descobertas no final de 1987, aquando das escavações arqueológicas, na parte mais antiga do edifício da Câmara Municipal da cidade, no Largo do Sertório, e que dizem, compadres e minhas comadres, possivelmente também, o maior edifício público da Évora Romana.
Para além da questão da higiene, as termas eram locais onde os cidadãos podiam conversar, conviver e até negociar.

As cidades em que os Romanos habitavam eram compostas por vários serviços para garantir a higiene, limpeza e conforto dos seus habitantes. Daí a sua preocupação com o abastecimento de água. Para isso construíam aquedutos.
As Termas Romanas de Évora na Câmara Municipal têm uma área de cerca de 300 m2 e, como todas as termas romanas, são compostas por três áreas distintas: o Laconicum, o Praefurnium e a Natatio.
O Laconicum, sala circular com abóbada nervurada e estrelada, revestido com placas de mármore, era utilizado para banhos quentes e de vapor. Esta era a sala com a temperatura mais alta.

No seu centro encontrava-se um grande tanque circular embutido no solo, com três degraus, rodeado de um sistema de aquecimento, o hipocaustum.
No Praefurnium, espaço escavado apenas parcialmente, pode ver-se uma fornalha, onde se queimaria a lenha para levar ar quente, por exemplo, ao hipocaustum do laconicum. Este servia de sistema central de aquecimento da água e do ar das outras salas.
A Natatio, era uma piscina retangular ao ar livre, rodeada de pórticos. No lado leste da piscina eram lançadas as águas das termas. Pensa-se que estas águas eram trazidas por um aqueduto próprio que, possivelmente, terá sido o antecessor do Aqueduto da Água de Prata.
Não se sabe compadres e comadres, se o projecto de musealização já começou. Estava previsto para 2015…