Era um tempo curioso, lento, sem pressas, sem correias.
A música e o prazer de passear eram um forte sentimento das populações de
então.
As bandas filarmónicas emergiam como actividade lúdica de quantos
pretendiam ocupar o seu lazer aprendendo a tocar música.
Era assim o quotidiano.
Nas aldeias e vilas onde nasciam as bandas, especialmente aí, surgiu a
necessidade de construir um coreto para que a banda tocasse sem ter que se
preocupar com as intempéries, dando-lhe, por outro lado, um estatuto especial
de festa.
Os coretos passaram a ser locais privilegiados de animação e distracção das
populações, que na tarde de Domingo, circulando no passeio público, se
dedicavam ao som da Filarmónica.
As bandas Filarmónicas representam uma das iniciativas culturais mais
importantes para as populações, que ao longo do ano souberam dignificar esta
forma de expressão cultural.
Fonte: Coretos no Norte Alentejano,
Maria de Lurdes Ferreira Serra