Foto: http://www.panoramio.com/photo_explorer#view=photo&position=52096&with_photo_id=37387700&order=date_desc&user=68287
A Igreja Paroquial, -
mes compadres e minhas comadres, vos direi, - é um edifício moderno e construído
no centro da povoação, desta minha linda Flor da Rosa.
Sem outro motivo de
interesse que continuando mes compadres, além daquele de ali estar o túmulo de
Frei Álvaro Gonçalves Pereira, fundador do Convento da Flor da Rosa e que se
está vendo ao fundo pois vos direi, e que foi para esta igreja transferido em
1897, e de também guardar a célebre imagem de Nossa Senhora das Neves, hoje
mais conhecida por Nossa Senhora da Flor, ou da Rosa, que pertenceu ao mesmo
convento.
Esta imagem, de pedra
policromada, tem todas as características de uma obra de origem ou de
inspiração francesa da primeira metade do século XIV.
Foto: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d7/Igreja_matriz_de_Flor_de_Rosa_-_Crato.jpg
Segundo a tradição
aceitável – assim mes compadres e minhas comadres - e à qual se referem Frei
Agostinho de Santa Maria e outros muitos nossos cronistas antigos, a imagem
data do tempo do sexto Prior do Crato, D. Álvaro Gonçalves Pereira.
A Virgem, em posição
levemente arqueada, ela está revestida de delicadas roupagens, segura e
sustenta com o braço esquerdo o Menino, o qual, com a mão direita afaga a face
esquerda da Virgem e tão assim muito maternal – que mês compadres e que minhas comadres.
O Menino, ele está assim
meio nu e envolto em parte do manto da Senhora, que o cinge e cai no corpo em
pregas graciosas.
A mão direita da
imagem, ela parece sustentar uma parte do manto ou ter tido outrora diferente
aplicação, como talvez a de sustentar uma flor.
O véu está preso por
um pequeno diadema.
A policromia da
imagem, que é ainda discreta, tem sido sem dúvida refeita por várias vezes.
Mede 1m,20 de altura.
Fonte: Fonte:
Inventário Artístico de Portugal, Luís Keil, 1943