domingo, 11 de janeiro de 2015

Bom Dia Alentejo, Flor da Rosa, Igreja Paroquial de Flor da Rosa, uma graça que ficou na do Contestável

  
Foto: http://www.panoramio.com/photo_explorer#view=photo&position=52096&with_photo_id=37387700&order=date_desc&user=68287
A Igreja Paroquial, - mes compadres e minhas comadres, vos direi, - é um edifício moderno e construído no centro da povoação, desta minha linda Flor da Rosa.
Sem outro motivo de interesse que continuando mes compadres, além daquele de ali estar o túmulo de Frei Álvaro Gonçalves Pereira, fundador do Convento da Flor da Rosa e que se está vendo ao fundo pois vos direi, e que foi para esta igreja transferido em 1897, e de também guardar a célebre imagem de Nossa Senhora das Neves, hoje mais conhecida por Nossa Senhora da Flor, ou da Rosa, que pertenceu ao mesmo convento.
Esta imagem, de pedra policromada, tem todas as características de uma obra de origem ou de inspiração francesa da primeira metade do século XIV.

Foto: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d7/Igreja_matriz_de_Flor_de_Rosa_-_Crato.jpg
Segundo a tradição aceitável – assim mes compadres e minhas comadres - e à qual se referem Frei Agostinho de Santa Maria e outros muitos nossos cronistas antigos, a imagem data do tempo do sexto Prior do Crato, D. Álvaro Gonçalves Pereira.
A Virgem, em posição levemente arqueada, ela está revestida de delicadas roupagens, segura e sustenta com o braço esquerdo o Menino, o qual, com a mão direita afaga a face esquerda da Virgem e tão assim muito maternal – que mês compadres e que minhas comadres.
O Menino, ele está assim meio nu e envolto em parte do manto da Senhora, que o cinge e cai no corpo em pregas graciosas.
A mão direita da imagem, ela parece sustentar uma parte do manto ou ter tido outrora diferente aplicação, como talvez a de sustentar uma flor.
O véu está preso por um pequeno diadema.
A policromia da imagem, que é ainda discreta, tem sido sem dúvida refeita por várias vezes. Mede 1m,20 de altura.
Fonte: Fonte: Inventário Artístico de Portugal, Luís Keil, 1943