sábado, 11 de junho de 2016

Bom Dia Alentejo, Montemor-o-Novo, Topónimo de Montemor-o-Novo, o monte era o maior


MONTEMOR-O-NOVO pode orgulhar-se de ser, não apenas uma das mais antigas povoações de Portugal, mas também uma das mais ricas em tradições e títulos de nobreza.
Querem mesmo alguns historiadores que ela se identifique com a << Castrum Milianum >> dos romanos.
Hipótese verdadeira ou errada, o certo é que datam do longínquo ano 93 as primeiras notícias que temos a seu respeito.
Quanto às origens do nome que ostenta, conta-se que, ao mandar D. Sancho I se edificasse naqueles lugares um castelo, lhe perguntaram em qual dos montes se havia de construir, tendo o rei respondido << no monte-mor >> ; e esta frase serviu de baptismo ao povo nascente.
E, como já havia, no Norte, a vila do mesmo nome, para se distinguirem se chamou a uma << Montemor-o-Velho >> e à outra<< MONTEMOR-O-NOVO >>.
(Do Mensário das Casas do Povo – N.º 109 – Pág. 11 (Julho de 1955).

Diz a tradição que o nome da formosa vila teve por origem a resposta dada por D. Sancho I quando lhe perguntaram sobre qual dos três montes determinava que se edificasse o castelo:<< No Montemor >>. É possível que assim fosse, e como outra explicação não há a tal respeito, admitiremos esta.
Do Domingo Ilustrado, Vol. II (1890) – Pág. 187).
 
O nome de Montemor tem origem nos celtas. Contraporíamos << Bem mór>> que os ingleses derivaram dos celtas, << Monte Grande >>, pois, pode bem ter-se substituído o << bem>> por << Monte >>, e, quanto ao << Mor >> tanto dos celtas como dos germanos, nos poderia ter vindo pela excelente situação geográfica.
(DO Montemor-o-Novo Histórico e Monumental por Manuel Claro, inserto na Pág. 402 do Vol. III do Álbum Alentejano).

MONTEMOR é o mesmo que Monte Maior, era o antigo Mons Maior Novus. Foi fundada por D. Sancho I em 1201 sobre as ruínas da antiga Castrum Malianum, de que os romanos falam no ano 93 da nossa era e que a tradição diz ter sido a terra de Santa Quitéria, martirizada no ano 300 antes de Cristo.
(Dos Topónimos e Gentílicos, de Xavier Fernandes, Vol. II – 1944 – Págs. 338-339).