1 - Porta de Elvas
Placa toponímica: Rua
de Elvas.
Localização: Rua que
faz ligação da Rua 1,º de Maio à Rua do Comércio.
Já não existe esta
porta, nem a sua construção deixou qualquer vestígio.
Com as obras de
alargamento da Rua de Elvas, desapareceram os últimos vestígios desta porta,
que estava orientada para a cidade fronteiriça.
2 - Porta de Évora
Placa toponímica: Rua do Arco de
Évora
Localização: Rua que faz a ligação da Praça do
Município à Rua 1º de Maio.
Já não existe esta
porta, nem a sua construção deixou qualquer vestígio. Seria a saída do Largo da
Sé, pela Rua do Arco, para a estrada hoje com a designação de 1.º de Maio.
A atribuição do nome de Porta de Évora deve ter
sido influenciada pela proximidade da cidade de Évora, capital do Alto
Alentejo, que Portalegre quis homenagear.
Com as obras de alargamento da Rua de Elvas,
desapareceram os últimos vestígios desta porta, que estava orientada para a
cidade fronteiriça.
3 - Porta do Crato
Placa toponímica:
Porta do Crato séc. XIII.
Localização: Liga o
Largo do Paço à Rua 1ª de Maio
Conhecida actualmente por “arco do bispo”, é uma construção do século XIII,
sendo designada por “ Porta do Crato”.
Este nome advém-lhe,
certamente, do facto de se encontrar em frente da vila do Crato, povoado de
grande prestígio daquela época. Daqui se avista um deslumbrante panorama.
Defronte, num pequeno edifício onde funciona a Câmara Eclesiástica, vê-se o
brasão do bispo D. Frei Manuel Coutinho da silva. A seguir, no largo Cristovão
Falcão, o célebre poeta Crisfal que nesta cidade nasceu, fica o magnífico
Palácio Amarelo, edifício do séc. XVIII que sofreu várias modificações nos dois
séculos seguintes. Foi solar dos Rombos de Sousa Tavares e, depois, dos
viscondes de Abrançalha. Tem doze janelas com grades de ferro, elegante e
ricamente trabalhadas.
4 - Porta Falsa
A placa toponímica afixada na fachada do Palácio Amarelo, na Rua da
Figueira, esclarece-nos que esta artéria, no séc. XIII, tinha a designação de
“Poterna”, o que significa que existiu uma “galeria subterrânea ou porta falsa,
para sai secretamente da praça fortificada”. Esta passagem presentemente está
fechada, não sabemos desde quando, Vide anotações à Rua da Figueira). Não teria
havido confusão em classificar ou atribuir à Porta Falsa?
Fica a incógnita.
5 - Porta da Devesa
Placa toponímica: Porta de Devesa - séc. XIII.
Localização: Final da
Rua Luís de Camões e início da Rua 5 de Outubro.
Esta porta é uma das insígnias da cidade. O seu nome tem origem no facto de
separar a povoação propriamente dita do campo fértil que nesse tempo se lhe
seguia, ou ainda por ser o terminus dessa mesma povoação.
Ainda hoje, quem bem
olhar, desfruta dali um dos mais belos panoramas que a nossa cidade nos
oferece, sendo o encanto de muitos amantes da fotografia.
Podemos admitir que
esta porta também fosse conhecida por Porta do Espírito Santo por se avista
dali a igreja e o largo com este nome. Esta porta tinha duas torres
emparelhadas (antigas armas da vila e depois cidade de Portalegre), tal como se
vêem reproduzidas na frontaria do Paços do Concelho.
6 - Porta do Postigo
Pelo Eng.º Fernando Alberto de Sodré da Costa Freire, foi apresentada na
reunião camarária de 1 de Fevereiro de 1934 uma proposta para alargamento da
Rua do Carmo, considerando não só a estética citadina, como a maior facilidade
do trânsito. Esta obra, cujo projecto oferecido pelo proponente, viria a
debelar a cise de trabalho que avassalava a classe operária, com ela
pretendendo a vereação mostrar aos vindouros não estar interessada em destruir,
mas sim construir e conservar.
Da proposta constava
que para as obras se fizessem as necessárias diligências junto dos
proprietários que cederiam os terrenos, a título gratuito, e que o eixo da
porta fosse deslocado o necessário para o seu encastramento na muralha ainda
existente no Largo dos Combatentes da Grande Guerra, nele se colocando uma
lápide com os seguintes dizeres:
“ No primeiro dia do mês de Fevereiro do ano de mil novecentos e trinta e
quatro (MCMXXXIV) por proposta do seu Presidente Engenheiro Fernando Alberto de
Sodré da Costa Freire, a Comissão Administrativa da Câmara Municipal de
Portalegre e para efeitos de alargamento da Rua do Carmo, resolveu
desloca o eixo desta Porta e encastrá-lo na antiga muralha, a fim de mostrar
aos vindouros o culto que as gerações de então tinham pelo passado. O eixo da Porta
foi deslocado de doze metros para Sul.
7 - Porta de Alegrete
Placa toponímica: Porta de Alegrete. Séc.XIII.
Localização: Fica no
arrabalde de São Francisco e do Corro-hoje Praça da República.
Presentemente, é conhecida por Arco de Santo António, dada a existência ali
de um nicho com a imagem daquele santo, padroeiro da cidade de Portalegre, ou
ainda por Porta de São Francisco.
Devia ser a porta de
maior movimento da cidade, uma vez que era o elo de ligação entre a sua parte
mais importante e os lugares de lazer, os mercados e os acessos às Freguesias
rurais mais populosas.
Passando pelo arco de
Santo António, a Porta de Alegrete, encontrar-nos-emos na Praça da Republica,
vasto recinto noutros tempos chamado “Corro”, possivelmente por ser destinado
aos folguedos nos quais se quebravam lanças em torneios e se jogavam canas em
alcanzias. Neste desafogo recinto, merece atenção um interessante trabalho de
alvenaria existente no cunhal de um prédio que dá para a Rua Garrett. Mais
adiante, estaremos em presença dos notáveis edifícios do Governo Civil e do
Antigo Liceu. O primeiro, do séc. XVIII, pertenceu ao conde Avillez, herói da
Guerra Peninsular; o segundo, também do séc. XVIII, foi propriedade de Diogo da
Fonseca, celebrado Morgado da Lameira.
Fonte: Prof. Doutor António Ventura) ,www.cm-portalegre.pt