Célebre convento mandado
edificar em 1356 pelo Prior do Crato, D. Frei Álvaro Gonçalves Pereira, pai do
Condestável D. Nuno Álvares Pereira.
Pertenceu à Ordem do
Hospital ou de S. João de Jerusalém, depois conhecida como Ordem de Malta.
Era um vasto
edifício, aglomerado de variadas construções sucessivamente reunidas ao grupo
primitivo, do século XIV, e que sofreu assim muitas modificações que alteraram
a sua estrutura. Essas modificações datam principalmente dos séculos XVI e
XVII.
Foto: http://condestabre.blogspot.pt/2010_09_01_archive.html
Hoje em completa
ruína, mais agravada pela derrocada da igreja em 17 de Janeiro de 1897, ainda
oferece um aspecto imponente. As ruínas da igreja estão sendo actualmente
consolidadas em parte.
O edifício compõe-se
essencialmente da igreja, vasta, alta, de uma só nave de grandes proporções e
arco de cruzeiro de dimensões invulgares, e das construções dos anexos.
Na igreja conserva-se
o túmulo do fundador, simples pedra tumbal com as armas dos Pereiras e as de S.
João de Jerusalém, e entre outros túmulos, o de D. Diogo Fernandes de Almeida,
conde de Abrantes, mausoléu armoriado sustentado por seis leões.
As paredes do
edifício do convento, que os cronistas coevos chamam “Paços de Frol da Rosa”,
eram altas, ameadas, construídas com blocos de granito aparelhado e mais
parecendo um castelo do que um templo. Conservam-se ainda numerosos vestígios
da sua grandeza, embora já em meados do século XVII não estivesse habitado por
freires.
Foto:
http://portugalfotografiaaerea.blogspot.pt/2012/04/flor-da-rosa.html
Algumas torres, com
portas e janelas ogivais, frestas com arco aguçado, empostas e colunelos
guardam todas as características da sua primeira traça. Misulas e cachorros
indicam as varandas e balcões que outrora ali existiam, mas de construção
posterior.
Às construções
primitivas juntaram-se outras mais baixas, onde se encontram também restos de
janelas e frestas do século XVI, com acentuado sabor do Renascimento, e um
pequeno claustro com abóbadas nervadas e colunas de carácter mais arcaico, mas
que parecem datar da mesma época.
A Casa do Capítulo
tem a abóboda assente sobre colunas torsas, que igualmente devem ser da grande
modificação do século XVI. Arcos de volta abatida sustentam restos de abóbadas,
mas tudo numa ruína devastadora.
Foi classificada Monumento
Nacional por Decreto de 16 de Junho de 1910.
Fonte: Inventário Artístico de Portugal, Luís Keil, 1943