domingo, 24 de maio de 2015

Bom Dia Alentejo, Portalegre, a Côca de Portalegre

 
O trajo da Côca de Portalegre, assim mes compadres e minhas comadres, era composto por blusa, saia, manto, meias e sapatos…
A blusa, ela tinha um franzido nos punhos e assim na cintura. Finge uma blusa sob uma casaquinha com colarete e abotoa de lado ao pescoço, descendo depois ao meio do peito à cintura.
Saia, ela franzida na cintura e comprida até aos pés.
O manto, colocado sobre a cabeça, tapando o corpo da mulher até à cintura ou até à anca de acordo com o nível social de quem o veste. Até à cintura, se dirá a vossemecês compadres,  para as mulheres abastadas e pela anca para as mulheres da classe média,  sendo na parte da frente pendurada, a cair sobre o rosto, uma renda, espessa de forma a que a pessoa não possa ser reconhecida.
As meias, elas eram pretas ou cinza, eram feitas à mão de cordãozinho.
Os sapatos, assim para terminar o traje assim mes compadres e minhas comadres, eram pretos, assim tipo chinelo com um botão de lado ou cordão atado no peito do pé, de fivela ou de atanado.


O trajo da Côca de Portalegre, trata-se pois de um trajo de mulher, todo ele de cor preta, que no início do século XIX, assim compadres e minhas comadres, era utilizado no dia do casamento.
No início do século XX e com a introdução de cores claras nos trajos de casamento, a Côca passou a ser fato de viúva, de se ir confessar na semana santa, de ir à missa, ou para efectuar visitas ou encontros clandestinos, assim se dirá a vossemecês, que parece assim proibidos.
Era confeccionado em tecido de algodão, em brocado de seda, e em merino de lã sedoso de acordo com as posses de cada pessoa e condição social.
Este trajo, como tudo abala no Alentejo, deixou de se visto na cidade de Portalegre por volta dos anos 30, assim do século XX.
Fonte: http://serenatasemportalegre.blogspot.pt