O trajo da Côca de Portalegre,
assim mes compadres e minhas comadres, era composto por blusa, saia, manto,
meias e sapatos…
A blusa, ela tinha um franzido nos punhos e assim na cintura. Finge uma blusa sob uma casaquinha com colarete e abotoa de lado ao pescoço, descendo depois ao meio do peito à cintura.
A blusa, ela tinha um franzido nos punhos e assim na cintura. Finge uma blusa sob uma casaquinha com colarete e abotoa de lado ao pescoço, descendo depois ao meio do peito à cintura.
Saia, ela franzida na
cintura e comprida até aos pés.
O manto, colocado sobre a cabeça, tapando o corpo da mulher até à cintura ou até à anca de acordo com o nível social de quem o veste. Até à cintura, se dirá a vossemecês compadres, para as mulheres abastadas e pela anca para as mulheres da classe média, sendo na parte da frente pendurada, a cair sobre o rosto, uma renda, espessa de forma a que a pessoa não possa ser reconhecida.
O manto, colocado sobre a cabeça, tapando o corpo da mulher até à cintura ou até à anca de acordo com o nível social de quem o veste. Até à cintura, se dirá a vossemecês compadres, para as mulheres abastadas e pela anca para as mulheres da classe média, sendo na parte da frente pendurada, a cair sobre o rosto, uma renda, espessa de forma a que a pessoa não possa ser reconhecida.
As meias, elas eram
pretas ou cinza, eram feitas à mão de cordãozinho.
Os sapatos, assim
para terminar o traje assim mes compadres e minhas comadres, eram pretos, assim tipo chinelo com um botão de lado ou
cordão atado no peito do pé, de fivela ou de atanado.
O trajo da Côca de
Portalegre, trata-se pois de um trajo de mulher, todo ele de cor preta, que no
início do século XIX, assim compadres e minhas comadres, era utilizado no dia
do casamento.
No início do século XX
e com a introdução de cores claras nos trajos de casamento, a Côca passou a ser
fato de viúva, de se ir confessar na semana santa, de ir à missa, ou para
efectuar visitas ou encontros clandestinos, assim se dirá a vossemecês, que
parece assim proibidos.
Era confeccionado em tecido de algodão, em
brocado de seda, e em merino de lã sedoso de acordo com as posses de cada
pessoa e condição social.
Este trajo, como tudo abala no Alentejo, deixou de se
visto na cidade de Portalegre por volta dos anos 30, assim do século XX.
Fonte: http://serenatasemportalegre.blogspot.pt