Um menir - compadres e minhas
comadres - com quatro metros de comprimento e um peso a rondar as sete
toneladas ele foi reerguido na zona de Nisa, no Alto Alentejo, por uma equipa
de arqueólogos e poderá ser visitado a partir de domingo.
O
Menhir do Patalou, que se encontrava tombado, foi objecto de estudo e
reabilitação por parte de uma equipa de arqueologia da Universidade de Évora,
no âmbito de um protocolo estabelecido com a Câmara Municipal de Nisa, no
distrito de Portalegre.
De acordo com os resultados dos
trabalhos arqueológicos realizados em Julho deste ano, este menir foi erguido
em meados do quinto milénio antes de Cristo, tendo sido talhado, transportado e
erecto pelas primeiras comunidades neolíticas, no contexto de ancestrais cultos
à fertilidade.
"Este é o segundo menir a ser
tratado em toda a Europa ocidental e que vem provar que os menires são muito
mais antigos do que o resto do megalitismo, sobretudo o funerário",
explicou na quarta-feira Jorge Oliveira, professor de arqueologia, da
Universidade de Évora. O Menhir do Patalou está situado junto a uma estrada que
liga Nisa à albufeira de Póvoa e Meadas, no concelho de Castelo de Vide, no
distrito de Portalegre.
De acordo com o mesmo arqueólogo, o
menir, que se encontrava tombado e intacto quando iniciaram os trabalhos,
"é um dos mais volumosos" menires explicitamente fálicos da Península
Ibérica, sendo, por isso, considerada uma peça "interessante".
Por forma a preservar integralmente
a sua fossa de implantação e o sobreiro que junto se encontra, o Menhir do
Patalou foi reerguido seis metros para norte, ficando assinalado com um marco
de granito o local original da sua implantação.
"Este trabalho foi um sucesso do ponto de vista científico e vai ser um sucesso do ponto de vista da paisagem e do turismo arqueológico, porque é uma peça notável", disse. Existem naquela região alentejana vários menires e Jorge Oliveira acredita que poderá ser criado, no futuro, "um roteiro de visita" a estes monumentos.
"Este trabalho foi um sucesso do ponto de vista científico e vai ser um sucesso do ponto de vista da paisagem e do turismo arqueológico, porque é uma peça notável", disse. Existem naquela região alentejana vários menires e Jorge Oliveira acredita que poderá ser criado, no futuro, "um roteiro de visita" a estes monumentos.
Os trabalhos arqueológicos que
permitiram a reabilitação do Menhir do Patalou estão inseridos num projeto de
investigação denominado "Meganisa", aprovado pela Direção-Geral do
Património Cultural.
Ao longo de quatro anos, a
Universidade de Évora tem ainda como missão desenvolver naquele concelho
alentejano outras ações de valorização e divulgação de monumentos megalíticos.
Na agenda estão trabalhos de estudo e valorização no Menhir e Dólmenes dos Sarangonheiros e nos monumentos megalíticos de São Gens e Senhora da Redonda, sendo para os arqueólogos um conjunto de espaços que oferecem "um singular roteiro" megalítico para a região.
Na agenda estão trabalhos de estudo e valorização no Menhir e Dólmenes dos Sarangonheiros e nos monumentos megalíticos de São Gens e Senhora da Redonda, sendo para os arqueólogos um conjunto de espaços que oferecem "um singular roteiro" megalítico para a região.