Os lavradores noutro tempo tinham ali um preto e o preto ia para todo o
lado, para a Boa Fé, para aqui e para ali e não tinha medo de nada; nem dos
lobos.
O desgraçado para sair tinha um pau com uma moca de feno mas os lobos
saíram-lhe, além onde se chama a Cruz do Preto, saíram-lhe ao encontro e eram
tantos que deram conta dele, do homem. Ora... mataram-no e comeram-no; só
ficaram os sapatos com os pés dentro. De resto comeram-no todo.
Por isso é que puseram lá aquela cruz, que é a Cruz do Preto, além ao pé do cromeleque dos Almendres, no caminho para a Boa Fé.
Por isso é que puseram lá aquela cruz, que é a Cruz do Preto, além ao pé do cromeleque dos Almendres, no caminho para a Boa Fé.
Fonte: Lendas e Tradições, S. Sebastião da Giesteira e Valverde, Évora,
EBM`s de Guadalupe, 1999, p. 40